"SUBDUÇÃO SUBLIME"“Subdução Sublime”, o tema escolhido por Álvares de Sousa, para apresentar a sua obra.
Segundo o Autor “partindo de um termo geológico que significa o processo pelo qual uma placa tectónica desliza sobre outra, dando origem a tensões na crosta terrestre, aqui aparece uma metáfora à Humanidade, que se agita no seu âmago, deixando transparecer o resultado dessas movimentações mais profundas; que, tal como no planeta se manifesta em acções ou reacções diversas e de intensidade diversa, desde o imperceptível ao cataclisma”. Se o realismo monumentalista domina a escultura mentífica, Álvares de Sousa deixa-se seduzir pela Arte de Tebas e, seduz-nos também neste discurso plural, viagem imagética e recriativa, proposta de roteiro que nos torna, a todos e a cada um, protagonista e criador. A frontalidade é uma constante. A imagem realista estabelece uma análise metafórica entre a expressividade do Autor e a Universalidade. Se por um lado, se presta a um reconhecimento imediato, por outro apela à constatação e á denúncia. Sensual, sensível ou cerebral, Álvares de Sousa apoia-se num código inexpresso, indelével e tacitamente aceite, sublime e subtil, testemunho do massacre individual e colectivo, a que todos, de uma forma indiferente ou confessional, nos propomos. O gosto amargo do inevitável ou o perfume ávido do amor cruzam caminhos, julgamento de admiração ou condenação, mais ou menos entusiasta, companheiros de sonhos e pesadelos em que nos vemos, inexoravelmente confrontados a um destino não consentido. Fronteira que nos reúne ou separa. Certeza ou incerteza. Conhecido e desconhecido. Duplicidade de existência e da lucidez, cumplicidade que se inscreve no cerne do discurso individual e colectivo, que nos remete para a consciência das coisas. ……………………………………………………………………………………………. E, irrompe do universo Explodido em imagem gerada Sem premeditação Num improviso contínuo A Libertação do Ser… E do Sentir!... Cumpre-me agora agradecer a cooperação e empenhamento da Consejaría de Cultura da Junta da Extremadura, na pessoa do Conselheiro, D.Francisco Muñoz Ramirez, ao Exmo Senhor Director Geral do Património Cultural, D. Francisco Pérez Urbán, ao Exmo Senhor Director do Museu de Cáceres, D. Juan Manuel Valadés Sierra, à Exma Técnica Superior de Arte do Museu de Cáceres, Dña Ana García, ao Exmo Senhor Escultor José Rodrigues, ao Autor e a todos os que, de alguma forma, tornaram possível esta Mostra. Comungadas todas as vontades numa sinergia comum e colectiva, no sentido de fazer cumprir o objectivo a que nos propusemos, acreditamos que todos possam fruir da sua significação. Guida Maria Loureiro Comissária
À maneira de um telegrama para um amigo que vai expor em Cáceres, extemporâneo de Vulcano.Se tivesses nascido na Grécia terias sido um bom colaborador do nosso colega Vulcano, que tão bem dominava o fogo, a forja e a bigorna.
Tu foste aluno de uma escola onde o barro era a “prima-dona” e tu resolveste cortar com o barro, recorreste ao martelo de bola, à forja, ao maçarico, à bigorna e à soldadura. A tua escultura continua a ter um certo expressionismo no tratamento das tuas peças. Parece que moldas com as mãos arder! Tu dizes que não tens sensibilidade para o barro, claro que não posso estar de acordo, tu escolheste outro material para te exprimires. Tu soldas, tu pules, tu utilizas a vareta de solda para desenhares, é realmente a tua linguagem. Escultor José Rodrigues |